Justiça afasta Núbia Cozzolino do cargo de prefeita de Magé

A Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ) afastou, nesta quarta-feira, a prefeita de Magé, Núbia Cozzolino (PMDB), sob a acusação de formação de quadrilha e desvio de dinheiro público. O pedido de afastamento foi feito pelo Ministério Público a partir de provas obtidas na Operação Uniforme Fantasma, desencadeada em janeiro do ano passado. Os desembargadores decidiram afastá-la por oito votos a um. O relator do processo foi o desembargador Alberto Mota Moraes.
Além do risco de perder o mandato, Núbia pode ser condenada a quase cem anos de prisão. Ao todo, o grupo comandado por ela — incluindo dois de seus irmãos, Núcia, secretária de Fazenda, e Charles, ex-prefeito — teria desviado mais de R$ 1 milhão através de uma malharia e uma ONG. O desvio era feito por meio de empresas e ONGs contratadas sem licitação e de maneira fraudulenta. O mesmo golpe foi aplicado em seis prefeituras, gerando um rombo de R$ 100 milhões.

— Temos provas como ligações telefônicas da prefeita para uma ONG (ABDH) envolvida e funcionários da prefeitura e documentos, como depósitos bancários e talões de cheque. Eles depositavam o dinheiro na conta da ONG, sacavam na boca do caixa e o partilhavam — afirmou o subprocurador-geral de Justiça, Antônio José Moreira.

Procurada pelo EXTRA, Núbia disse que ainda não foi notificada na decisão do TJ:

— Eu desafio o MP e o desembargador relator a mostrarem para a imprensa as provas que têm contra mim. Se eles mostrarem, eu dou a minha palavra que não vou recorrer da decisão e me afasto definitivamente da prefeitura. Eles não têm nada contra mim. Isso é politicagem. Se eu roubei dinheiro público, por que o MP não pediu a minha prisão? Lugar de ladrão é na cadeia, não é?

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